segunda-feira, 16 de novembro de 2009

entrevista para o rio ondas
















Bodyboarder carioca, 26 anos, estudante de Educação Física, morador da Barra da Tijuca e local da Joatinga. Tobias Widera, dono de um estilo único com uma excelente linha de onda, manobras fortes e um dropknee apurado, troca uma idéia completa com a galera do Rio Ondas.
Rio Ondas – Fala Tobias, blz irmão? Pra começar, me diz com quantos anos você começou a pegar onda de Bodyboard?
Tobias – Na verdade comecei a surfar de quilha com 14 anos. Aos 15 anos comecei a surfar de bodyboard, meus amigos nessa época eram todos bodyboarders.
Rio Ondas – Dentro desse tempo o que você viu acontecer para a melhoria do esporte?
Tobias – As pranchas melhoraram bastante com a tecnologia, com isso o bodyboarding foi evoluindo e novas manobras foram inventadas nesse período. Os bodyboarders estão mais insanos a cada geração.
Rio Ondas – O que está faltando na sua opnião?
Tobias – Faltam empresas de grande porte investirem no esporte, empresas que também queiram crescer, empresas que vejam nosso esporte como esportes radicais, não como alfabetização do surf.
Rio Ondas – Apesar de ter o estilo voltado para o free surf, você já participou de vários campeonatos, inclusive uma etapa no chile. Como andam as competições atualmente?
Tobias – Meu foco principal é investir no free surf e divulgar meu patrocínio, a http://www.bodyboardco.com/. As competições talvez ficarão para um evento especial, com ondas de qualidade, quem sabe Chile de novo em 2010.
Rio Ondas – Eu sei que em sua primeira trip você escolheu o México, conte-nos como foi essa experiência?(se puder fazer um texto sobre os picos que vc caiu, como foi recebido, crowd e o que mais vc quiser falar)
Tobias – Eu escolhi Mexico por ser uma onda com tamanho e com bastante força. Um lugar parecido com o Havaí, porém, beach break. Sabia que seria uma boa preparação para eventos futuros. Ao chegar fui recebido pelo Vandieli, um amigo da Joatinga que se mudou para lá. Foi com ele que conheci as praias de Punta colorada, famosa Zicatela e La Punta, até tentamos ir para Barra de La Cruz, mas não tinha ondulação suficiente para lá. A parada mesmo era ficar em Zicatela e pegar as Bombas.Em Punta Colorada, bem parecida com a joatinga devido a formação triangular, tive um momento desconfortável. Por ser uma onda igual a joatinga eu achava que estava em casa, pegava onda uma atrás da outra até que chegou uma hora que um local chegou a me intimidar perguntando com quem eu estava. Minha sorte que Vandieli estava comigo naquele momento, se não eu iria perder prancha,pé de pato e até mesmo a minha camisa do Brasil com qual eu surfava sempre…rs
Rio Ondas – E o Chile, rolou um campeonato de alto nível que está na memória de muitos como uma das melhores etapas da história do tour mundial. Como foi sua participação e o que mais rolou de irado na viagem além do campeonato?
Tobias – Até que eu fui bem, poderia até ter sido melhor se não tivesse me machucado em um aério que larguei no round3. No dia seguinte da competição eu não conseguia bater o pé de pato para entrar nas ondas, o mar tinha diminuido bastante e a marcação ficou mais fácil.Apesar da longa viagem de 32 horas de Santigo-Arica, até que não achei tão ruim. Tinha uma galera do Brasil indo competir, o Lucas Nogueira, Rino, Wanderson Araújo, Erisberto Abrantes e Sérgio Luiz. A gente conversava bastante durante a viagem, sinistro seria viajar sozinho sem ninguém pra conversar.Teve uma hora que o ônibus parou na madrugada, no meio do deserto do Atacama, tivemos que descer e esperar no frio, maior perrengue! Só vinha em minha cabeça a hora de chegar em Arica, já não aguentava mais ficar sentado. (rs) Por sorte veio outro ônibus com vagas somente para nós, tivemos que explicar para o restante dos passsageiros que teriamos competição no dia seguinte.O visual do deserto do Atacama parece Marte, só se ve montanhas e montanhas de terra e mais nada, um visual bem diferente do qual estamos acostumados de ver.
Rio Ondas – Voce já foi patrocinado pela BSD, qual era o tipo de retorno e o que aconteceu com seu apoio?
Tobias – Eles pagavam meus campeonatos, me davam pranchas e pés de pato The one. Eu divulgava vendendo roupas e pranchas da marca, fazia matérias como esta, chegou uma hora que surgiu outra marca com proposta melhor.
Rio Ondas – Já teve algum outro patrocínio? Que fim levou?
Tobias – Tive um apoio de pé de pato, como eu ja dizia ali em cima, a marca The One, ela faz parte da BSD.
Rio Ondas – Atualmente você é atleta da Bodyboardco, fale um pouco sobre a marca e como ela te ajuda profissionalmente?
Tobias – É uma marca que trabalha com vendas virtuais e tem sua loja no shopping Barra world, fica no 2º piso setor Inglaterra. A BBCO fez uma parceria com a Toobs que tem a melhor tecnologia, suas pranchas são feitas a mão pelo renomado Buz. As pranchas feitas por ele tem um ótimo acabamento, diferentes das pranchas que são feitas por máquinas.A BBCO me da pranchas a partir de divulgações e de vendas que eu faço pela marca, uma cota de 3 pranchas anuais.
Rio Ondas – O que faz um currículo de um bom bodyboarder, são os campeonatos ou a mídia em torno do atleta?
Tobias – Depende de pessoa para pessoa, ele pode ser um bom competidor e ter um bom currículo ou ele pode ser um bom free surf e ter um bom currículo através de fotos e filmagens.
Rio Ondas – Quais foram suas maiores conquistas e aprendizados que voce levou para sua vida?Tobias – Saúde e humildade.
Rio Ondas – Onde entra a Joatinga na sua história?Tobias – Joatinga foi onde tive o reconhecimento, a onda foi feita para voar e é o que eu gosto de fazer.Rio Ondas – Você têm um blog na internet com altas imagens e posts, http://www.tobiaswidera.blogspot.com/ , qual seu objetivo com o blog?
Tobias – Falar de tudo um pouco, eu to no 6º periodo de educação física, o meu objetivo é misturar a minha formação de ensino superior com o Bodyboard, falar um pouco do dia dia.
Rio Ondas – Outro dia mesmo estava visitando seu blog e vi algo sobre a Oito8, que é uma marca de roupas, parceira do Rio Ondas. Fale um pouco dela.
Tobias – A oito8 está misturando o Rap com esportes radicais, foi elaborado por um amigo que surfava comigo na Joatinga. A marca dará uma cota de roupas todo mês, em troca farei vendas dos produtos da marca. A marca ainda está evoluindo, quando ela conseguir boas parcerias poderá surgir novas trips.
Rio Ondas – Agora chegou o momento de falar sobre o Dropknee, vejo você treinando bastante e inclusive até o backside ta ficando ”afiado”, hauhauhau, como começou o interesse por esse estilo irado e pouco explorado aqui no Rio?
Tobias – Eu comecei a surfar de quilha. Sempre gostei de surf e não tenho nada contra, as vezes pego pranchas dos amigos emprestada para dar aquela remada. Então, é dai que tiro a inspiração do dropknee. Vou te falar, bodyboarding é mais difícil que surf pq é versátil. Dá para surfar deitado, em pé e de joelho. Ahhh, e ainda não tem quilha. Tem muito quilha falando que bodyboard é isso e aquilo, mas quando vê o cara de braços soltos tirando um tubão, ele grita e tudo achando que é irmão…rs
Rio Ondas – Em breve aqui no site vai rolar uma matéria sobre o DK e contamos com sua presença. Quer mandar algum recado, agradecimentos ou mandar alguma mensagem pra galera??
Tobias – Agradeço ao meu patrocínio bodyboardco e quero mandar um recado, gostaria muito que o mundo bodyboarding fizesse uma União para levantar o nosso esporte, muito melhor fazer um trabalho em grupo do que individual.

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